Que lua clara no céu de inverno em despedida! O ar carrega a
umidade do rio imenso e ameniza o frio. É quase primavera e ela se sente em
sintonia com o ciclo da terra – tão mulher – e assim ela também prestes a
florescer. Andando sobre os ladrilhos antigos, pelo menos os enxerga antigos e
docemente familiares, ela segue rumo ao Tejo guiada pela luz branca do luar.
Quantos séculos precisaram passar para que ela pudesse entender aquele passado
decorado de bê-a-bá? Se sua história fora construída com o açoite e a larapia,
descobrira então que algo restava de terno. Não havia conflito, só comunhão.
Porque são acolhedores os cheiros, os sabores, e os nomes duplicados ali se
tornavam um.
Muito bom...Dá-lhe TEJO !!!
ResponderExcluir